quinta-feira, 14 de junho de 2012

NOVA CLASSE C DO PT: CARROS APREENDIDOS FALTA DE PAGAMENTO.

Inadimplência no financiamento de veículos é recorde

BC divulgou recorde de 4,7% em janeiro, ante 3,1% do mês em 2008.
Novos financiamentos cairam 8,1% em relação a janeiro do ano passado.
Do G1, em São Paulo, com informações da Agência Estado
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A inadimplência no financiamento de veículos atingiu nível recorde de 4,7% em janeiro deste ano, ante 4,5% em dezembro e 3,1% em janeiro de 2008, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta quinta-feira (26). De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, esse aumento tem relação com o "envelhecimento da carteira" e a opção dos clientes por financiar a compra de veículos por leasing, em detrimento do crédito tradicional.

Altamir disse que o aumento geral da inadimplência em janeiro "não causa estranheza". Segundo ele, a elevação da taxa de pagamentos em atraso ocorre, normalmente, no início do ano principalmente entre as famílias que comprometem o orçamento com gastos sazonais, como tributos e despesas escolares.

A inadimplência no crédito concedido pelas instituições financeiras subiu de 4,4% em dezembro de 2008 para 4,6% em janeiro deste ano. Esse é o maior patamar registrado desde agosto de 2007. O aumento foi liderado pelo segmento das pessoas físicas, cuja parcela das operações com atraso superior a 90 dias subiu de 8% para 8,3%, o maior nível desde maio de 2002.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A FARSA DAS UNIVERSIDADES DO GOV LULA.

O Estado de S.Paulo
Nas centenas de discursos que o presidente Lula pronunciou nos últimos meses de seu mandato, em 2010, um dos temas mais recorrentes foi a educação. Em diversas oportunidades afirmou ter criado mais universidades que o presidente Juscelino Kubitschek. Em cinco anos de governo, JK criou 10 instituições, enquanto Lula, em seus dois mandatos, criou 14, sendo 10 voltadas para a interiorização da educação superior e 4 para promover a integração regional e internacional.

Um ano e meio depois de ter deixado o governo, algumas das universidades por ele inauguradas com muita pompa, circunstância e rojão funcionam em instalações emprestadas e prédios improvisados, sem água, refeitório, biblioteca e professores em número suficiente. O câmpus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Guarulhos é uma boa amostra do tipo de instituições de ensino erguidas pelo presidente "recordista" com a preocupação precípua de "mostrar serviço".
O acesso ao câmpus é difícil e não há ônibus suficientes. As salas de aula são abafadas. O refeitório funciona num galpão de madeira. Cerca de 30 mil livros destinados à biblioteca continuam encaixotados. A biblioteca tem 240 mil livros mas, como não há lugar onde colocá-los, só 70% do acervo pode ser consultado. Por falta de infraestrutura, o laboratório de informática não tem como ser ampliado. A demora para se tirar uma fotocópia é de 40 minutos, em média. E quando os 50 computadores são operados simultaneamente, a velocidade da internet cai.
Projetado originariamente pela prefeitura de Guarulhos para abrigar uma escola técnica, o câmpus funciona desde 2006, oferecendo cursos de ciências sociais, filosofia, história, letras e pedagogia a cerca de 3,1 mil alunos. Mas, como um edifício prometido desde 2007 jamais saiu do papel, os poucos prédios disponíveis estão superlotados e algumas aulas tiveram de ser transferidas para uma escola municipal que atende cerca de 700 crianças.
Nessa escola, os cursos da Unifesp são dados à tarde e à noite, mas o número de salas também é insuficiente. "Estamos discutindo Hegel e a molecada está no recreio, fazendo correria ao lado. Como não há ventilação e o prédio pega sol o dia inteiro, no verão é insuportável", diz o estudante Michael de Santana. Por causa da falta de salas climatizadas, a ilha de edição de vídeo financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo não pode ser usada. Além disso, há carência de professores em muitos cursos e o quadro administrativo tem menos da metade do número de servidores necessários.
Para exigir que o governo da presidente Dilma Rousseff terminasse o que Lula "inaugurou", os alunos deflagraram uma greve no final de março, que perdura até agora. Em maio, ocuparam a reitoria acadêmica por três dias. A direção do câmpus da Unifesp em Guarulhos alega que o uso das dependências da escola municipal do bairro dos Pimentas foi planejado de comum acordo com a prefeitura de Guarulhos, como contrapartida pela instalação do câmpus na cidade, em 2007. As salas serão devolvidas quando o prédio novo - cuja licitação só foi concluída este ano - for construído. Para amenizar os problemas, a Unifesp alugou um prédio em frente ao câmpus, para servir de sala de aula.
Outras universidades federais criadas por Lula enfrentam problemas semelhantes. Na própria Unifesp, um dos prédios da unidade da Baixada Santista está interditado desde o final de abril, por causa de uma forte chuva. Em Minas Gerais, o câmpus avançado da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha, também criada em 2007, só tem um quinto de suas instalações construídas. Na Universidade Federal do ABC, os problemas de gestão e logística desestimularam os alunos - em 2009, a instituição registrou uma taxa de evasão de 42%, uma das mais altas do País.
Esse é o cenário de muitas das universidades criadas por Lula. Suas primeiras turmas estão tendo fortes prejuízos em sua formação acadêmica, como reconhecem os professores e dirigentes dessas instituições.